sábado, 5 de janeiro de 2008



“Toda vida é educação e todo mundo é sempre professor e aluno”


A. Maslow



O QUE É SER CONSULTOR


O Consultor é aquele profissional com uma base técnica sólida em gestão pública e privada e que tenha experiência necessária para superar as difíceis e diferentes relações humanas na qual estamos sujeitos no nosso dia-a-dia. PRINCÍPIOS DE CONSULTORIA OU CONSULTOR DE CONHECIMENTO


O QUE É SER CONSULTOR

. O Consultor é aquele profissional com uma base técnica sólida em gestão pública e privada e que tenha experiência necessária para superar as difíceis e diferentes relações humanas na qual estamos sujeitos no nosso dia-a-dia.

· Ele está fora da linha de gestão de uma organização. É um assessor de apoio na execução de projetos. Ele não dirige, não coordena, não supervisiona, não toma decisões gerenciais.

· Ele desempenha funções consultivas: aconselhamento, orientação, apoio, estudos, pesquisas e pareceres.

· O Consultor de conhecimento é um profissional de fora da linha de gestão da Prefeitura e dos parceiros. Daí ele ser chamado de consultor.


Por que de Conhecimento?

· Porque um consultor tem que ser um especialista, tem que ter conhecimentos técnicos que o habilitem a desempenhar suas funções consultivas.

· O Consultor de Conhecimento tem que repartir seus conhecimentos técnicos

Com os seus clientes, participar o máximo possível das soluções adotadas e encarar o trabalho de consultoria como um processo de aprendizagem mútua, um processo de conhecimento compartilhado.

Por que Parceiro Técnico?

· Porque o consultor de conhecimento - assim como o IAD - presta serviços técnicos profissionais às prefeituras. Ele foi contratado para servir, para prestar serviços de consultoria. Ele não é um aliado. Deve, no entanto, atuar alinhado com os princípios básicos da Aliança Social Estratégica entre a Prefeitura e o Instituto IAD que está implementando os Programas e Projetos propostos.


O PAPEL DO CONSULTOR DE CONHECIMENTO


· O consultor de conhecimento é uma pessoa-recurso, que, no desenvolvimento dos projetos, desempenhará as seguintes atribuições:

1. Prover suporte técnico aos responsáveis pela implementação do programa;

2. Prover subsídios para tomada de decisões técnicas e gerenciais e colaborar na introdução dos elementos de ajuste que se fizerem necessários ao longo do processo;

3. Participar ativamente do processo de sistematização das experiências desenvolvidas, estabelecendo um fluxo regular de dados e informações com os responsáveis por essa tarefa;

4. Realizar outras atividades que se fizerem necessárias para o bom desenvolvimento das atividades programadas.


· O papel do consultor de conhecimento passo a passo:


No desempenho de suas atribuições, o consultor de conhecimento deverá atuar de várias maneiras no decorrer de seu trabalho:

1. Alinhar-se conceitualmente com os princípios e as concepções sustentadoras da parceria entre a prefeitura e o instituto;

2. Participar da capacitação básica preparatória para o inicio das ações do programa em cada um dos parceiros envolvidos;

3. Prover suporte técnico para o trabalho de planejamento das ações de implantação e implementação dos programas;

4. Prover suporte técnico para a elaboração de um projeto de capacitação dos operadores do programa;

5. Desenvolver-atuando como instrutor de treinamento-a capacitação dos parceiros:

· Treinamentos com carga horária de 24h/a;

· Conteúdos programáticos básicos e imprescindíveis: educação para valores, protagonismo juvenil e cultural de trabalhabilidade;

· Praticas e vivencias subordinadas e alinhadas aos conteúdos programáticos básicos;

· Utilização obrigatória dos vídeos e seminários elaborados sobre os conteúdos básicos sobre dos programas.

6. Registrar todas as informações relativas ao processo em curso: planejamento, capacitação, avaliação, desdobramentos, impactos, tudo aquilo que sinalizar caminhos e descaminhos dos programas;

7. Prover suporte técnico para a avaliação em processo do programa;

8. Manter comunicação constante com os parceiros e o IAD, trocando informações e conhecimentos que facilitem o bom andamento dos programas;

9. Realizar outras atividades que se fizerem necessárias para o sucesso do programa, sem perder de vista o seu papel de consultor.

· A missão, o método o espírito do consultor de conhecimento.

1. São diretrizes do IAD:

Missão: ajudar as outras organizações a melhor cumprirem sua missão buscando a sua autosustentabilidade ou autodesenvolvimento.

Método: participação, criatividade, responsabilidade, oficinas, palestras, reunião, cursos.

Espírito: inovação, profissionalismo, bom senso, honestidade, transparência, democracia.

· Fundamentalmente, o consultor de conhecimento deve ser proativo: agir para si antecipar e superar problemas, sempre em sintonia com as equipes dos parceiros.

· Código de ética do consultor de conhecimento do IAD

· Critérios de convivência entre os consultores de conhecimento e as equipes de parceiros:


1. O consultor de conhecimento é uma pessoa-recurso contratada pelo prefeito para prover apoio técnico as equipes de funcionários na implementação do programa;

2. O consultor de conhecimento não faz parte da linha de gestão do prefeito, portanto, no processo decisório da organização seu papel deve ser o de provedor de subsídios para tomada de decisões e, nunca, o de decisor;

3. As visitas, aconselhamentos, capacitações, distribuição de matérias e quaisquer outras atividades realizadas junto ás equipes de base devem ser feitas de comum acordo com os coordenadores da prefeitura;

4. periodicamente, o consultor de conhecimento e a equipe de coordenadores do perfeito devem reunir-se para, num clima de solidariedade, franqueza e lealdade, avaliarem suas ações e relações;

5. O consultor de conhecimento e a equipe da prefeitura poderão recorrer á outras ONGs para uma consultoria a distancia ou até mesmo uma visita técnica, quando se tratar de uma questão de maior complexidade e transcendência;

6. As questões gerenciais devem ser resolvidas através de recurso a linha de gestão. O consultor de conhecimento só poderá intervir quando solicitado e, mesmo assim, apenas como provedor de subsídios;

7. é fundamental que o consultor de conhecimento e os coordenadores da prefeitura tenham uma clara percepção de que o suporte do sentido e a fonte do significado (valor) do seu trabalho é a melhoria constante da relação instrutor-comandado na ponta. Tudo que não tiver impacto positivo nessa relação e em seus resultados não merecem existir.


Iusifith Chafith Felipe

Fevereiro de 2007

Raul Soares - MG




O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA

É uma forma de economia destinada a produzir o bem estar coletivo e não a acumulação de riqueza. Muitas formas de produção podem ser incluídas nessa classificação, como as cooperativas, as pequenas associações de produtores informais, mas sua principal característica é que seus membros se ajudam entre si, promovem a distribuição justa dos lucros e a participação ativa de todos os seus membros, como forma de construção democrática. Por outro lado, é importante estar alerta para a presença de formas solidárias que não correspondem necessariamente a “funcionamentos” solidários e democráticos, como é o caso de algumas cooperativas e associações que praticam a concentração do poder e ou riqueza.


O QUE É SOCIOECONOMIA SOLIDÁRIA?

Sócio economia Solidária é um movimento que visa uma forma de economia solidária que inclui o conjunto de participantes do processo produtivo em uma sociedade, pensando ao mesmo tempo nos indivíduos que a compõe, como um todo. Portanto, para construí-la é necessário, simultaneamente, que:

- A produção tenda a ser coletiva, para promover o uso eficiente dos recursos e seja utilizada para satisfazer necessidades concretas em curto prazo;

- A comercialização seja justa, ou melhor, tenda a eliminar custos inúteis, como a intermediação desnecessária, ao mesmo tempo em que atenda às condições de produção do que se comercializa, para fomentar um novo modelo de economia sem exploração entre as pessoas e sem a destruição da natureza.

- O consumo seja ético, favoreça a utilização dos recursos locais e que preserve o meio ambiente, tendo em conta que, no atual estado de concentração de riqueza, devemos buscar o rompimento com as técnicas capitalistas de exploração do homem pelo homem.

REDE DE TROCAS SOLIDÁRIAS

Há anos, em todo o mundo, grupos de pessoas vêm desenvolvendo práticas de economia solidária, visando ao bem-estar coletivo e não à acumulação de riquezas. Através de cooperativas e de associações, formais e informais, de produtores e consumidores, entre as quais as redes de trocas solidárias, seus membros ajudam-se mutuamente, promovendo uma distribuição justa dos lucros e a participação ativa de todas, como forma de construção democrática.

A Rede de Trocas Solidárias, no Estado do Rio de Janeiro formada por mutirões, organiza-se em diferentes bairros e cidades, promovendo a troca direta ou escambo como forma de intercâmbio de produtos, serviços e saberes, proporcionando às pessoas a possibilidade de recuperar potenciais de trabalho perdidos, estreitar laços de amizade e a capacidade de gerar trabalhos compartilhados com seus iguais.

COMO FUNCIONA ?

Quem necessita de um produto ou serviço pode oferecer algo em troca direta com outra pessoa. Como nem sempre os valores intercambiados se equivalem, as Redes utilizam uma moeda social, não como sistema alternativo, porém complementar à economia.

Sob diferentes denomijnações: Tupi e Zumbi (RJ), Ecosol (SC), Arco-iris e Guajuvira (RS), Bônus (SP), Palmares (Cará), Crédito (Argentina), Dinheiro Verde (Austrália). A moeda social é produzida, distribuída e controlada por seus usuários. Por isso, seu valor é etimado pelo trabalho realizado para a produção dos bens de serviços e saberes. A moeda social é um meio e não um fim. Sem valor de acumulação, ela garante apenas as trocas dentro da Rede Solidária.


Carta de Princípios da Rede de Troca Solidária

- Nossa realização como seres humanos está condicionada pela partilha e solidariedade.

- Nosso principal objetivo é ajudar-nos mutuamente através do trabalho socioeconômico solidário e da busca de melhor qualidade de vida, fundado na confiança e no princípio da dignidade e respeito ao ser humano. A promoção e a troca de bens são apenas um meio para isto.

- É possíveis substituir a competição estéril, o lucro selvagem e a especulação pela cooperação, reciprocidade e solidariedade entre as pessoas.

- Nossos atos, produtos e serviços devem responder às necessidades humanas e normas éticas e ecológicas e não aos ditames do mercado capitalista abusivo, ao consumismo e aos ganhos especulativos.

- Os membros da Rede de Trocas Solidárias comprometem-se a se capacitar e ser produtores e consumidores de bens, serviços e saberes.

- Cada membro é o único responsável pela procedência de seus produtos.

- Pertencer a um grupo não implica vínculo de dependência, pois a participação individual é livre e estendida a todos os grupos da Rede.

- É possível combinar a autonomia dos grupos na gestão dos seus assuntos internos, com a vigência dos princípios fundamentais que norteiam o pertencimento à Rede.

- É dever ético dos membros da Rede o cuidado com a integridade material e intelectual dos produtos, serviços e saberes apresentados para trocas.

- Promoveremos a interconexão da cadeia produtiva unindo o campo com a cidade.

EXEMPLOS DE MUTIRÃO DE TROCAS SOLIDÁRIAS

Mutirão Quilombo do Catete no Rio de Janeiro, as trocas realizam-se quinzenalmente às terças-feiras, entre 18:00 e 21:00h, no jardim do Museu da República. Trocas de saberes, de serviços, de produtos artesanais, bijuterias, livros, brinquedos pedagógicos, alimentos, ervas medicinais, etc, com dinâmica de grupo entre os participantes e responsabilidade de disseminação do sistema de trocas.
Contatos: Robson e Alain – Tel: (21) 2210-2124
Correio Eletrônico:
trocasolidaria@pacs.org.br

Mutirão Quilombo da Baixada: As trocas realizam-se nas primeiras Sexta-feiras do mês, entre 15:00 e 18:00h, na Comunidade São Benedito, próximo ao Centro Diocesano de Pastoral de Nova Iguaçu. Trocas de produtos artesanais, livros, roupas, massa caseira, grãos, remérios alternativos (pomadas, unguentos, ervas medicinais).
Contatos: Flávio, Sônia – Tel: (21) 2669-2259
Correio Eletrônico:
cdfsp@ig.com.br

Mutirão Quilombo da Serra: As trocas realizam-se aos domingos, após as 15:00 e 18:00h, na Cooperativa Raízes da Luz. Trocas de produtos artesanais, agrílocas (raízes, tubérculos, legumes e hortaliças), pães caseiros, geléias, doces, remédios alternativos (tinturas, xaropes, elixires, pomadas e unguentos, ervas medicinais)
Contato: Ary – Tel: (21) 3396-9797 e 3641-9048
Correio Eletrônico:
rhguarilha@uol.com.br


Mutirão Quilombo Casa da Acolhida: As trocas acontecem no Bazar legal (roupas, alimentos, materiais escolares), mensalmente, onde as famílias de crianças e adolescentes atendidos pela casa trocam, CD, discos, materiais escolares, recicláveis por moeda social (1 Elo corresponde a 1hora de trabalho que é igual a R$ 10,00 reais ou R$5,00 reais), garantindo assim a participação, repensando o consumo e buscando a construção de um mundo mais inclusivo.
Contato: Joyce – Tel: (21) 2268-3790
Correio Eletrônico:
acolhidario@ubee-marista.com.br







EMPREGOS: Haverá para todos no futuro?



“‘Se não construirmos políticas públicas para fomentar a geração de trabalho e renda, não haverá empregos para as gerações futuras”...


Especialista do mundo inteiro, especialmente da ONU (Organizações das Nações Unidas) e da OIT (Organização Internacional do Trabalho), já afirmam que o emprego acabou.


Só olharmos a nossa história e veremos que ele é uma invenção recente.O “emprego” existe no máximo há um século e meio. Na estimativa da OIT há, hoje, mais de 800 milhões de pessoas sem emprego em todo o mundo. Como a população mundial está avaliada em torno de 5,7 bilhões de habitantes, significa que 15% deles estão desempregados.Se a gente levar em conta a população em idade produtiva, a partir de 14 anos, o percentual sobe entre 20% a 25%. Em 40 anos, o numero de habitantes do planeta deverá simplesmente dobrar. Seremos quase 12 bilhões de habitantes e não haverá empregos para todos.
As gerações futuras lamentarão muito a falta de oportunidades para aprenderem uma profissão e ter o primeiro emprego garantido. Lamentavelmente com as privatizações irresponsáveis dos governos passados a primeira conseqüência é a diminuição drástica de vagas de emprego.

As conseqüências são várias, só em Minas Gerais já passam de 500 mil pessoas desempregadas. Sem contar que a “desregulamentação das reações de trabalho”, combinada à ausência de uma política de geração de empregos e de oportunidades da população prestar trabalhos coletivos e cooperativados, jogando um imenso contingente de trabalhadores no mercado informal, sem garantia de remuneração e direitos trabalhistas.

Os governos municipal, estadual e federal, precisam de planos de prioridades e de obras públicas como;saneamento, educação, saúde, meio-ambiente, lazer, etc. Que venham no sentido de atender às necessidades da população na geração de empregos e de oportunidades de trabalho,exercitando o associativismo, ensinando o cooperativismo e criando oportunidades de prestação de serviços de forma autônoma e coletiva.

A prestação de serviços de forma autônoma e cooperativista pode substituir muitas empreiteiras e gerar renda nas comunidades, serviços como: Mutirão de limpeza, pintura, capina, casas, manutenção de prédios públicos, calçamento de ruas e bairros, na execução de muitas obras públicas como redes de esgoto, de água pluvial. Uma prestação de serviços cidadã e que trará benefícios coletivos e geração de renda nas áreas rurais e urbanas.

UM POUCO DE HISTORIA DO SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO

Logo após a Segunda Guerra, os países vitoriosos (EUA, URSS, França, Inglaterra), depois de destruir a metade do mundo, principalmente a EUROPA, criou-se vários planos estratégicos de desenvolvimento econômico e social para que fosse reconstruída novamente toda a EUROPA E ASIA.
Mesmo com toda a destruição mundial da segunda guerra mundial, os aliados tinham várias potencialidades nas mãos. Tanto os países derrotados como vencedores tinham uma abundancia de mão de obra barata, formada de ex-combatentes, ex-prisioneiros, cidadãos que perderam “tudo” inclusive a cidadania.

A proposta de montagem de um Sistema Público de Emprego remonta desde ambiente de pós-guerra, quando, no chamado primeiro mundo, ganhou força hegemônica em vários países a idéia da obtenção de uma legislação trabalhista que criasse a situação de Pleno Emprego, idéia consubstanciada na Convenção 88 da OIT – Organização Internacional do Trabalho.

Dentro do arranjo social gestado com uma divisão do mundo em capitalista neoliberais e comunistas, mas ambos capitalistas selvagens prosperaram a convicção de que os problemas do mundo do trabalho deveriam ser preferencialmente tratados em organismos de caráter tripartite, (OIT – Organização Internacional do Trabalho e OIC – Organização Internacional do Comercio) nos quais organizações de trabalhadores e empresários atuariam, em conjunto com representantes dos governos, de formas a se alcançar políticas negociadas, mas não necessariamente consensuais.
Propunha-se, portanto, uma distinção entre o caráter publico e o estritamente dos interesses governamental das políticas, cabendo à formula tripartite um papel democratizador.

ENQUANTO O PRIMEIRO MUNDO ERA RECONSTRUIDO, NO TERCERIO MUNDO O AUTORITARISMO E EXCLUSÃO SOCIAL ERA A NOVA POLITICA DO CAPITALISMO

Enquanto os países aliados e desenvolvimentos, EUA, França, Inglaterra, Itália, Canadá, Japão, Rússia, implantavam suas políticas de Pleno Emprego. Enquanto isto o Brasil, com o resto dos países do chamado Terceiro Mundo eram implantadas ditaduras militares para manterem o controle econômico e social.

Nas décadas de 1950, 1960, 1970, 1980, 1990 todos os países da America Central e do Sul, além dos países da África e da Ásia, passaram por ditaduras militares, financiadas pelo capital multinacional, que impunha a violência militar como a tortura, atentados, seqüestros, censura prévia nos jornais, rádios e Televisões.

Ao invés da democracia e livre liberdade de expressão e informação que os trabalhadores do primeiro mundo tiveram, nós do terceiro mundo tivemos que lutar muito para derrubar as ditaduras e os corruptos que as financiavam.

Todas estas lutas pelos nosso direitos democráticos, como o voto, fim da censura, etc, não impediu que a nossas políticas publicas voltadas para o mundo do trabalho, fossem gestadas de forma autoritária e sem a participação de longos períodos de governos autoritários e da ausência de interlocução social entre os agentes econômicos e as comunidades.

Os equívocos foram muitos, mas principalmente, a pressão capitalista fez com que as políticas públicas no Brasil privilegiassem e financiasse uma obsoleta tecnologia de industrialização acelerada, negligenciada por completo as áreas sociais e a distribuição de renda.

As idéias de Tripartismo, de autonomia, descentralização, de autonomia de representação, de democracia, enfim eram estranhas a esse corpo doutrinário de políticos comprometidos com interesses pessoais e de corporações, sob a capa do paternalismo e do assistencialismo, centralizou no Estado todas as iniciativas, inclusive as populistas.

De 1950 a 1980 nada foi gestado mesmo pro iniciativa do Estado algo que pudéssemos chamar de Sistema Público de Emprego. Somente em 1986, no período da redemocratização do pais é que surgiu o embrião de uma proposta de Sistema Público de Emprego. NA esteira do Plano Cruzado (Sarney/Funaro), implantou-se de forma precária o Seguro-desemprego.

Apenas em 1988 é que sua regulamentação e implantação definitivas ocorreram, quando o Congresso aprovou a lei que instituiu o FAT – FUNDO DE AMPARO DO TRABALHADOR.

O QUE É O FAT – FUNDO DE AMPARO DO TRABALHADOR?

O Fundo de Amparo do trabalhador, é um fundo contábil de natureza financeira, segundo a leio que o instituiu, destinado a custear o programa do seguro-desemprego, o pagamento do abano salarial para os trabalhadores de baixa renda, a qualificação profissional dos trabalhadores e ao financiamento de programas de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda , este últimos através do BNDES.

Para gerir os programas e recursos do FAT, foi constituído o Conselho Deliberativo do FAT, que é o CODEFAT. Órgão composto de forma tripartite e paritária, com nove membros, sendo: três de centrais Sindicais de Trabalhadores (CUT, Força Sindical, CGT), três de Confederações Patronais (CNI, CNC, CNF) e três representantes do Governo Federal (Ministério do Trabalho, Ministério da Previdência e BNDES)

Trata-se, portanto de um organismo moldado conforme a Convenção 88 da OIT - Organização Internacional do trabalho e que introduz no âmbito das políticas públicas voltadas para o mundo do trabalho um aspecto novo que deveria ser de caráter democratizante e participativo.

Os recursos do FAT são fonte básica de recursos vindo da contribuições do PIS e do PASEP, recolhidos pelos empregadores através da alíquota de 0,65% sobre o faturamento bruto das empresas. Para que se tenha uma idéia dos valores envolvidos, os recursos do FAT em 1988 foram de 40 bilhões, sendo assim, mais de 70% dos recursos do BNDES.

Iusifith Chafith Felipe
Novembro de 2007
São Gonçalo do Rio Abaixo - MG

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