
O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA
É uma forma de economia destinada a produzir o bem estar coletivo e não a acumulação de riqueza. Muitas formas de produção podem ser incluídas nessa classificação, como as cooperativas, as pequenas associações de produtores informais, mas sua principal característica é que seus membros se ajudam entre si, promovem a distribuição justa dos lucros e a participação ativa de todos os seus membros, como forma de construção democrática. Por outro lado, é importante estar alerta para a presença de formas solidárias que não correspondem necessariamente a “funcionamentos” solidários e democráticos, como é o caso de algumas cooperativas e associações que praticam a concentração do poder e ou riqueza.
É uma forma de economia destinada a produzir o bem estar coletivo e não a acumulação de riqueza. Muitas formas de produção podem ser incluídas nessa classificação, como as cooperativas, as pequenas associações de produtores informais, mas sua principal característica é que seus membros se ajudam entre si, promovem a distribuição justa dos lucros e a participação ativa de todos os seus membros, como forma de construção democrática. Por outro lado, é importante estar alerta para a presença de formas solidárias que não correspondem necessariamente a “funcionamentos” solidários e democráticos, como é o caso de algumas cooperativas e associações que praticam a concentração do poder e ou riqueza.
O QUE É SOCIOECONOMIA SOLIDÁRIA?
Sócio economia Solidária é um movimento que visa uma forma de economia solidária que inclui o conjunto de participantes do processo produtivo em uma sociedade, pensando ao mesmo tempo nos indivíduos que a compõe, como um todo. Portanto, para construí-la é necessário, simultaneamente, que:
- A produção tenda a ser coletiva, para promover o uso eficiente dos recursos e seja utilizada para satisfazer necessidades concretas em curto prazo;
- A comercialização seja justa, ou melhor, tenda a eliminar custos inúteis, como a intermediação desnecessária, ao mesmo tempo em que atenda às condições de produção do que se comercializa, para fomentar um novo modelo de economia sem exploração entre as pessoas e sem a destruição da natureza.
- O consumo seja ético, favoreça a utilização dos recursos locais e que preserve o meio ambiente, tendo em conta que, no atual estado de concentração de riqueza, devemos buscar o rompimento com as técnicas capitalistas de exploração do homem pelo homem.
REDE DE TROCAS SOLIDÁRIAS
Há anos, em todo o mundo, grupos de pessoas vêm desenvolvendo práticas de economia solidária, visando ao bem-estar coletivo e não à acumulação de riquezas. Através de cooperativas e de associações, formais e informais, de produtores e consumidores, entre as quais as redes de trocas solidárias, seus membros ajudam-se mutuamente, promovendo uma distribuição justa dos lucros e a participação ativa de todas, como forma de construção democrática.
A Rede de Trocas Solidárias, no Estado do Rio de Janeiro formada por mutirões, organiza-se em diferentes bairros e cidades, promovendo a troca direta ou escambo como forma de intercâmbio de produtos, serviços e saberes, proporcionando às pessoas a possibilidade de recuperar potenciais de trabalho perdidos, estreitar laços de amizade e a capacidade de gerar trabalhos compartilhados com seus iguais.
COMO FUNCIONA ?
Quem necessita de um produto ou serviço pode oferecer algo em troca direta com outra pessoa. Como nem sempre os valores intercambiados se equivalem, as Redes utilizam uma moeda social, não como sistema alternativo, porém complementar à economia.
Sob diferentes denomijnações: Tupi e Zumbi (RJ), Ecosol (SC), Arco-iris e Guajuvira (RS), Bônus (SP), Palmares (Cará), Crédito (Argentina), Dinheiro Verde (Austrália). A moeda social é produzida, distribuída e controlada por seus usuários. Por isso, seu valor é etimado pelo trabalho realizado para a produção dos bens de serviços e saberes. A moeda social é um meio e não um fim. Sem valor de acumulação, ela garante apenas as trocas dentro da Rede Solidária.
Carta de Princípios da Rede de Troca Solidária
- Nossa realização como seres humanos está condicionada pela partilha e solidariedade.
- Nosso principal objetivo é ajudar-nos mutuamente através do trabalho socioeconômico solidário e da busca de melhor qualidade de vida, fundado na confiança e no princípio da dignidade e respeito ao ser humano. A promoção e a troca de bens são apenas um meio para isto.
- É possíveis substituir a competição estéril, o lucro selvagem e a especulação pela cooperação, reciprocidade e solidariedade entre as pessoas.
- Nossos atos, produtos e serviços devem responder às necessidades humanas e normas éticas e ecológicas e não aos ditames do mercado capitalista abusivo, ao consumismo e aos ganhos especulativos.
- Os membros da Rede de Trocas Solidárias comprometem-se a se capacitar e ser produtores e consumidores de bens, serviços e saberes.
- Cada membro é o único responsável pela procedência de seus produtos.
- Pertencer a um grupo não implica vínculo de dependência, pois a participação individual é livre e estendida a todos os grupos da Rede.
- É possível combinar a autonomia dos grupos na gestão dos seus assuntos internos, com a vigência dos princípios fundamentais que norteiam o pertencimento à Rede.
- É dever ético dos membros da Rede o cuidado com a integridade material e intelectual dos produtos, serviços e saberes apresentados para trocas.
- Promoveremos a interconexão da cadeia produtiva unindo o campo com a cidade.
EXEMPLOS DE MUTIRÃO DE TROCAS SOLIDÁRIAS
Mutirão Quilombo do Catete no Rio de Janeiro, as trocas realizam-se quinzenalmente às terças-feiras, entre 18:00 e 21:00h, no jardim do Museu da República. Trocas de saberes, de serviços, de produtos artesanais, bijuterias, livros, brinquedos pedagógicos, alimentos, ervas medicinais, etc, com dinâmica de grupo entre os participantes e responsabilidade de disseminação do sistema de trocas.
Contatos: Robson e Alain – Tel: (21) 2210-2124
Correio Eletrônico: trocasolidaria@pacs.org.br
Mutirão Quilombo da Baixada: As trocas realizam-se nas primeiras Sexta-feiras do mês, entre 15:00 e 18:00h, na Comunidade São Benedito, próximo ao Centro Diocesano de Pastoral de Nova Iguaçu. Trocas de produtos artesanais, livros, roupas, massa caseira, grãos, remérios alternativos (pomadas, unguentos, ervas medicinais).
Contatos: Flávio, Sônia – Tel: (21) 2669-2259
Correio Eletrônico: cdfsp@ig.com.br
Mutirão Quilombo da Serra: As trocas realizam-se aos domingos, após as 15:00 e 18:00h, na Cooperativa Raízes da Luz. Trocas de produtos artesanais, agrílocas (raízes, tubérculos, legumes e hortaliças), pães caseiros, geléias, doces, remédios alternativos (tinturas, xaropes, elixires, pomadas e unguentos, ervas medicinais)
Contato: Ary – Tel: (21) 3396-9797 e 3641-9048
Correio Eletrônico: rhguarilha@uol.com.br
Mutirão Quilombo Casa da Acolhida: As trocas acontecem no Bazar legal (roupas, alimentos, materiais escolares), mensalmente, onde as famílias de crianças e adolescentes atendidos pela casa trocam, CD, discos, materiais escolares, recicláveis por moeda social (1 Elo corresponde a 1hora de trabalho que é igual a R$ 10,00 reais ou R$5,00 reais), garantindo assim a participação, repensando o consumo e buscando a construção de um mundo mais inclusivo.
Contato: Joyce – Tel: (21) 2268-3790
Correio Eletrônico: acolhidario@ubee-marista.com.br
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